Tuesday, September 23, 2014

50th Mr. Olympia Vs Secret Story 5

 
Hmm, agora isto está a ficar interessante… É impressão minha ou a média cada vez mais valoriza:

Playboys que dormem com três e quatro mulheres e ainda fazem questão de se justificar com argumentos como: “Ah e tal se tiveres um Ferrari, um Porsche e um Mercedes na garagem não vais querer andar todos os dias com o mesmo carro…” Mas que argumentação poderosa, estrondoso o raciocínio lógico deste indivíduo. Deixa que te diga que tenho um Ferrari, é com ele que ando todos os dias e se tivesse de partilhar a minha cama, para além da minha namorada só com uma Taça de Campeão… Daquelas que se sofre tanto para ganhar e que nunca mais a queremos largar! Aprende a valorizar as mulheres, elas não são brinquedos e merecem respeito.

“Meninas” que têm de fazer um diário para não perderem a conta de com quantos homens já tiveram relações… (Acho que era qualquer coisa para cima dos 100…)

"Visionários" com poderes psíquicos para lidar com mortos...

“Mães” capazes de deixar a filha de poucos meses ao cuidado de terceiros, durante 12 semanas, para ganharem fama dentro de uma casa...

“Intelectuais” que têm como sonho de vida serem esfaqueados, atropelados e alvejados…?!

Personagens que têm como ambição não fazer nada da vida e que ainda dizem com orgulho nunca terem feito nem pretenderem fazer no futuro…


Como é possível dispender-se horas e horas com estes programas "extremamente instrutivos" e não fazer-se a cobertura de um espetáculo como o Mr. Olympia? 

Era só isso que eu queria perceber... Nem sequer uma notícia de meros minutos sobre o maior evento do Mundo de Bodybuilding? Alguém me consegue explicar o motivo disto? Revolta-me, revolta-me porque quem ganha uma competição mundialmente conhecida como esta, para além de ser o melhor em palco, é também alguém que tem muito para ensinar a todos nós, alguém que trabalha todos os dias para alcançar um sonho, um objetivo de vida bem ambicioso e delineado, que respeita a sua mulher e por isso terá sempre alguém a seu lado para o apoiar no seu caminho para o sucesso.

Um show como este serve de incentivo para qualquer pessoa que treine, que ambicione um estilo de vida mais saudável, que procure longevidade, saúde e bem-estar… Mas parece que mesmo assim não é um espetáculo digno de notícia nas televisões portuguesas. Porquê? Porque é que a sociedade dá mais valor a programas como o Secret Story? Serei eu o único louco que não vê o motivo disso?

Eu não sou contra o programa em si, pelo contrário, acho que é um excelente meio de publicidade gratuita que se for utilizado de modo inteligente poderá a vir a trazer grandes lucros futuros, a questão prende-se com a política de seleção que tem vindo a ser usada… Estes programas até podiam ser interessantes se neles estivessem concorrentes úteis, com algo de instrutivo para partilhar com a sociedade, mas infelizmente o que eu vejo ali são pessoas vazias de conteúdo. Continuem com o vosso reality show das 21h30 que eu continuo com o meu Mr. Olympia das 04.00 da manhã...


Vamos agora aprofundar um tema que foi alvo de várias questões neste último fim-de-semana, (50th Olympia Weekend)… Prende-se precisamente com o funcionamento do prejudging ou pré-julgamento. Nesta fase os atletas são comparados exaustivamente nas poses relaxadas (quartos de volta) e nas poses compulsórias (duplo bíceps, expansão dorsal, peito e bíceps de lado, duplo bíceps de costas, expansão de dorsal de costas, melhor lado tríceps, abdominais e pernas e mais musculado).

No início essas comparações não têm critério específico, eles vão comparando os atletas por ordem de inscrição. Após comparados todos os atletas, voltam a compará-los, porém agora tentando separar os atletas em grupos segundo a sua forma física (ex.: começam a chamar para comprar os 5 melhores, depois os outros 5 e assim até os atletas menos preparados).

Os árbitros vão fazendo essas comparações incontáveis vezes, para averiguar o físico de todos os atletas e compará-los com os demais, e com isso já vão pontuando e começando a definir as posições. No pré-julgamento não há muito 'glamour', é uma parte mais técnica do show, sem luzes piscantes ou música animada. Grande parte dos resultados são obtidos no pré-julgamento. Mas um atleta que está atrás depois do pré-julgamento, pode subir posições na noite da final, como foi o caso do Mr. Olympia de 2001, onde Cutler ganhou o pré-julgamento, mas Coleman conseguiu superá-lo em pontos com a apresentação da final. 



A grande polêmica do abdômen dilatado...

O culturismo desde os primórdios tempos começou com a exibição plena de um físico focado intensamente no âmbito da estética, onde traços fortes, secos e extremamente proporcionais eram o principal critério para eliminar competidores e eleger o melhor. Damos a largada com Larry Scott, corpos iniciados com todo o bom senso e a leveza de uma performance artística e distinta, chegamos na era Sérgio Oliva, os corpos foram ficando gradativamente maiores, o enfoque em braços mais volumosos era explícito, porém a cintura, todavia, se mantinha ríspida e contundente. Passando da pantera iniciamos o período Arnold, armas cada vez maiores e densas acarretavam, automaticamente, uma necessidade de peitorais mais destacáveis e exacerbadamente estufados, a atenção ainda não se fixava muito nos membros inferiores. 

Agora, empezamos com as conquistas sucessivas e marcantes de Frank Zane, sua estrutura corporal magnífica deixou mais visível que a estética perfeitamente talhada era e continuava sendo o fator primordial para se ganhar um Olympia. Quando iniciamos com Lee Haney, os corpos se modificaram de um maneira bem latente, a morfologia foi aditivada a patamares incríveis, tudo foi triplicado, porém a linha da cintura segurava mesmo que com muito aperto, uma aparência satisfatória. E eis que chega o reinado de Dorian Yates, o chamado Freak Age, a concorrência era assustadoramente maior, as doses de fármacos quadruplicaram, era o tempo de bestas gigantes, era o tempo de aterrorizar nos confrontos e mandar para casa o mais rápido possível, adversários com risco eminente de colocar o seu título em crise, os membros inferiores tiveram o seu devido valor.

Em 1998, Ronnie chega para arrebentar de vez os limites, e o GH que era até então já bem utilizado, passou a ser explorado e abusado descaradamente. Já não existiam mais pudores, era preciso bater os do lado, que nessa altura, já estavam em um nível tão gritante, mas tão gritante, que ao juntá-los com os antigos vencedores, como Arnold, Franco, Frank, Larry, não teriam chance alguma. A insulina chovia em ondas mais e mais altas, marcando o seguimento do freak absolut, o padrão dos quadríceps ficaram muito agressivos.

Quando Jay Cutler ascendeu à posse da coroa, trouxe consigo essa característica forte de órgãos dilatados bem assinalados, porém houve um regresso, um tanto tímido de corpos enormes.
Hoje temos Phil Heath que vem se distanciando lentamente dessa marcação tomada como lei, mas não há previsão de encerramento definitivo. Dorsais se tornaram item de suma importância, assim como gémeos, trapézio e antebraço.

O que nos aguarda para os próximos capítulos, só o tempo dirá...



Eu nasci assim e é assim que quero morrer!

Eu não me vejo fazendo outra coisa, respirando outro ar, sentindo uma outra dor, focado em outra meta, entregue a outra paixão, eu não conseguiria viver em outro mundo a não ser o do ferro, eu já fui lá fora e me dei a oportunidade de conhecer outros horizontes e não gostei, no mundo fora do meu as pessoas parecem não ter vida, cumprem com suas obrigações sem nem ao menos um brilho no olhar, seguem uma rotina massacrante e entediante, sempre estão fechados para a sua própria vontade, andam vendados e impedidos de opinarem e fazerem o que arde no coração.

Eu já fui lá fora e vi a maldade corromper a multidão, por um simples e cruel mandamento de ser o melhor passando por cima da ética e do caráter.
Eu já fui lá fora ver a dor dos que não acreditaram em seus próprios sonhos e se deixaram levar por uma vida de qualquer maneira, mantendo a necessidade no auge, matando o livre arbítrio de acreditar na voz do coração.

Eu já fui lá fora tentar catar os fragmentos da moral e da hombridade daqueles que se venderam por uma quantia alta e se cegaram pela ganância daquelas notas, matando a sua verdadeira paixão.

Eu já fui lá fora chorar o choro dos incompreendidos, sofrer o sofrimento dos abusados pela treva, lutar a luta da sobrevivência sem objetivo, eu já fui lá fora e tive a certeza de que o meu mundo é o lugar ideal para se crescer, para se evoluir e para ser feliz, eu já fui lá fora e voltei correndo para o lugar que ainda não foi invadido pelo mal, eu voltei correndo para o meu livre arbítrio, eu voltei correndo para o meu sonho.

É como um peixe fora do seu curso, um leão fora do seu habitat, uma rota sem prévio aviso, um caminho escuro e com consequências negativas iminentes, não existe inclusão, união. Mundos separados, foram feitos assim para não machucarem ambas as partes.

Orgulho demais desses dois putos que de uma forma ou de outra estavam comigo nessa batalha psicológica diária! Porque as ferramentas não necessariamente precisam estar do teu lado fisicamente e o tempo todo, pra te oferecer as coordenadas do mapa meticulosamente.

Lembro da minha primeira conversa com o Léo Stronda e do espanto desse moleque em saber que eu só tinha apenas 21 anos e escrevia como o senhor de 30, aliás o mesmo moleque, que só tem a carcaça monstruosa, porque o coração é de um eterno pré adolescente inocente e encrenqueiro. Era o Schulz Lion me fazendo acreditar novamente, quando as coisas ainda teimavam em não dar certo para mim. 

Há 3 anos atrás o garotinho esquisito, não passando de 45 kg estava voltando ao ginásio, meio tímido e extremamente apreensivo, mas com um fone de ouvido, no ultimo volume e o refrão ''Que que aconteceu parceiro? Estás com o sovaco assado? Para com isso e vê se treinas mais pesado, 3 meses de academia e se achando, por quê? Se a mina ali magrinha pega mais peso que você...'' estalando no subconsciente. Era o Welington Gilvan sendo a trilha sonora primordial de uma mudança efetiva.


 
Tu já nasces à força, és puxado pela cabeça de forma brusca, ainda te dão umas palmadas e assim começa a tua primeira experiência no mundo. 

Na sua infância passa pelo militarismo de ter que ser um mini adulto, porque é errado se machucar, sangrar e ser inconsequente, porque é errado ser criança.

Na pré adolescência a pressão para ser o descolado, te sufoca e é muito provável que a partir dessa exigência, crie uma nova personalidade, um novo eu, que o garante ser e atender a todos os quesitos dos outros, menos os seus.

A adolescência bate a sua porta com um recado, é preciso ser o pegador, superficial, fazer social, morar em um clube noturno, ser transgressor.

Faculdade chega e os teus pais já planearam o teu curso, o primeiro carro que terá, o salário base e quantos filhos fará com um determinado ideal de mulher.

E se eu te dissesse que já está com vinte e daqui há mais vinte terá quarenta, sendo que a perspetiva de vida gira em torno dos sessenta, setenta?

Vai realmente viver sempre sendo arrastado por uma condição ou escorado na preferência de quem pressupõe ter as rédeas da sua vida?

É por isso que agacho aos Domingos e as 7:30 da manhã, horário não muito comum e dia mais que propício a uma ressaca.

É por isso que aplico TSD, algo que beira ao abominável, quando toda a sua família acha mais normal, te ver um hospital por coma alcoólico ou num noticiário, atrelado a um acidente por embriaguez.

É por isso que como quando tenho que comer e não por forme, durmo cedo em uma noite de Sábado e me sinto mais a vontade conversando com alguém de cinquenta anos, do que com uma rodinha de jovens.



O que é comer para quem realmente leva a sério?

Sei muito bem que a prática de comer para a sociedade, está além da fome, é muito mais do que desejo, vontade e apetite, as pessoas comem com os olhos primeiro, elas possuem um ritual onde o gosto e o visual é o principal motivo para se alimentarem. Prestam muita atenção na textura, cor, sabor, consistência e no cheiro do alimento, para assim se saciarem através da demanda da carne, da visão e do estômago.

Mas nós somos diferentes. A refeição em específico deixou de ter aquele sentindo que para a maioria ainda está de pé. Não como porque é bom, porque estou faminto ou porque o paladar está delicioso, não consigo mais pensar assim, é totalmente adverso da minha filosofia, claro, é muito estranho dizer isso porém, não mastigo por prazer e sim faço a ingestão de refeições por pura e simples necessidade.

Estou ciente que muitos vão ler e com certeza irão achar que isso é assustador, delirante ou cruel demais, mas essa é a minha realidade e também a de milhares que não querem somente se saciar e sim ter ganhos consistentes através dela.

Nunca vejo o alimento como a fonte de ferramentas que irá esfriar a minha ânsia de tirar o vazio que consta na minha barriga, a enxergo como um tijolo que é preciso ser posto na minha casa, para que assim nenhum vento contrário possa a atingir.

Como consegue permanecer nesse jogo por tanto tempo sem nunca hesitar, sem nunca desistir? a resposta é simples, a fome para nós é a ação de comer regradamente minuto a minuto no relógio, então não existem delírios, vontade... e sim necessidade, apenas isso, somente isso, nada mais do que isso.

Isso é um combate de mente, me diga quanto tempo conseguirá se manter exacerbado de comida, que eu te digo o quanto de sucesso terá em sua carreira de culturista profissional. Me diga o quanto de disciplina é jogada em sua rotina que eu te digo o quão longe chegará.

  
Fontes: Derek - Adaptação da versão original.
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